INFORMAÇÃO SUMÁRIA
População: S. Martinho.
Habitantes: 385 habitantes (I.N.E. 2011) e 443 eleitores em 05-06-2011.
Sectores laborais: Agricultura e pecuária, construção civil e pequeno comércio.
Tradições festivas: Nossa Senhora das Dores (4º domingo de Agosto), S. Martinho, Vossa Senhora da Conceição e Sto. António.
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja paroquial, Igreja Velha de S. Martinho, Capela de Nossa Senhora da Conceição e marcos miliários
romanos de Fonte de Olho, Rio Coura, azenhas e moinhos.
Gastronomia: Enchidos de porco e trutas do rio Coura.
Resenha Histórica
Localizada na parte mais baixa do concelho, a sul, nos limites com Vila Nova de Cerveira, dista quinze quilómetros da vila de Paredes de Coura. Ocupa um território de 560 ha.
S. Martinho de Coura é uma das aldeias de fundação mais remota. Coura — Coira, o seu nome, poderá ter vindo de Cora, palavra de origem céltica, que significa paz, segurança. Esta é a hipótese mais corrente. Há, porém, quem afirme que o topónimo derivará do facto de a velha estrada romana aqui cruzar o rio do mesmo nome. Toda a região montanhosa em volta desta freguesia é rica em vestígios de ocupação humana pré-histórica e designadamente castreja.
Desses mesmos castrejos é que os romanos terão empurrado os naturais para as terras baixas e férteis do vale, a fim de os obrigar a um outro tipo de agricultura mais intensiva e rentável.
Por aqui passava e aqui cruzava o rio Coura, a importante via militar que ligava Bracara Augusta a Astorga e é natural que essa exploração agrícola fosse estimulada até por essa passagem. Nos sítios da Fonte do Olho e Barreiros encontraram-se os marcos miliários que testemunham a passagem dessa via romana.
Durante a Idade Média, Coura ou Coyra, tornou-se uma paróquia e o próprio orago S. Martinho, testemunha ainda a antiguidade da criação dessa paróquia, da qual ainda resta a igreja velha de S. Martinho. A população nunca foi muita e sempre se dedicou à agricultura.
Memórias desse tempo rural, são ainda visíveis nos moinhos de farinar o pão e nas azenhas implantadas nas margens do rio e que constituem uma parte não negligenciável do património de Coura, para mais, um património enquadrado por paisagens naturais de rara beleza em que a abundância da água, os açudes, as pontes e o verde intenso são notas predominantes.
Esta freguesia produz cereais e algum vinho, “mas tem falta de lenha”, refere Narcizo C. Alves da Cunha.
O solo é frio e húmido.
A Capela de N. Senhora das Dores servia no século XIX de igreja paroquial.
( Fontes consultadas: Dicionário Enciclopédico das Freguesias, Paredes de Coura de Narciso C. Alves da Cunha, Freguesias autarcas do Século XX e, Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte)